Energia solar fotovoltaica e aerotermia, energias renováveis que se complementam perfeitamente
Os sistemas fotovoltaicos de autoconsumo estão a tornar-se cada vez mais populares, especialmente desde que entrou em vigor a nova lei que favorece o desenvolvimento deste mercado em Espanha. Graças ao grande número de subsídios concedidos por diferentes organismos públicos, o autoconsumo de eletricidade explodiu nos últimos anos, especialmente em vivendas unifamiliares.
Espanha é um dos países com maior radiação solar anual na Europa, uma média de 8 horas diárias, o que facilita a instalação deste tipo de energias renováveis. Nos últimos dois anos, a instalação de painéis solares para produção de eletricidade acelerou consideravelmente, mas ainda estamos atrasados em relação a países como a Alemanha, a França ou a Áustria com muito menos horas de sol.
Além disso, o constante desenvolvimento de novos modelos de painéis solares que aumentam o seu desempenho e reduzem os seus custos de produção, aliado à vontade dos consumidores de serem mais amigos do ambiente através da utilização de energias menos poluentes, significa que o número de instalações fotovoltaicas domésticas continuará a crescer nos próximos anos.
Desta forma obtemos aquecimento, arrefecimento e água quente sanitária a um preço reduzido, podendo conseguir autoconsumo durante muitas horas por dia, com um modelo energético sustentável e livre de emissões.
O investimento inicial em sistemas fotovoltaicos é altamente variável, dado que existe uma grande variedade de marcas e qualidades por onde escolher. O aspeto importante de um painel solar é o rendimento que obtemos, a durabilidade da instalação e a garantia de produção de energia. Depois de escolher os painéis, o tipo de inversor e se vamos ou não usar bateria, devemos também ter em conta que o preço da instalação varia em função da escolha do instalador e mesmo da área geográfica em questão.
Como sempre ao planear um projeto desta natureza, perguntamo-nos se o investimento em aerotermia com sistemas fotovoltaicos é rentável. A resposta é sim, tanto em termos económicos como ambientais.
Para sermos exatos com os valores, teremos de recorrer ao profissional que executa o projeto da nossa habitação em particular, com o nosso sistema fotovoltaico instalado e a potência necessária do sistema de aerotermia.
Para se ter uma ideia geral, a vida útil de um painel solar é de cerca de 30 anos (dependendo do tipo de painel e do fabricante). Em 2020, o tempo de amortização de um sistema fotovoltaico era de 5 a 8 anos, no entanto, com o aumento constante dos preços da eletricidade, a rentabilidade aumentou consideravelmente, encurtando o tempo de amortização do sistema fotovoltaico.
Em termos de garantia, os fabricantes de painéis solares oferecem frequentemente mais anos de garantia do que o exigido por lei. Em geral, as garantias dos painéis são de cerca de 10 anos, dependendo das marcas e qualidades, mas quando falamos de garantia de produção solar por painel, os números disparam e rondam os 25 anos.
Vale também a pena lembrar que estamos a fazer a parte que nos toca contra as alterações climáticas. A instalação de um sistema de autoconsumo totalmente limpo, combinado com a eficiência da aerotermia, classificada como energia renovável, permitir-nos-á poupar na utilização de outros combustíveis e evitaremos a geração de emissões para o ambiente. Desta forma, não só estamos a poupar diretamente na nossa fatura, como também estamos a contribuir para a sustentabilidade do nosso planeta.
Contudo, existe uma circunstância em que não se chega a aproveitar 100% da produção solar. Se durante as principais horas do dia, quando a produção solar é elevada, não houver consumo na habitação e o sistema de aerotermia tiver conseguido atingir a temperatura de setpoint em casa, teremos um excedente não utilizado que será injetado na rede da companhia de eletricidade. Para evitar isto e aproveitar este excedente, pode instalar baterias, termoelétricos para AQS que aproveitam as horas de produção solar para aquecer água ou acumuladores de calor solar como equipamentos de apoio no aquecimento da habitação.
Este aquecimento para autoconsumo, tais como os acumuladores Ecombi SOLAR, são uma opção perfeita para combinar com instalações fotovoltaicas com injeção na rede, uma vez que são capazes de aproveitar 100% dos excedentes e convertê-los em aquecimento para a habitação. Podem funcionar como sistema de aquecimento principal ou como sistema de apoio a outros sistemas principais já instalados, tais como a aerotermia, uma caldeira elétrica, etc.
A estimativa dos gastos de energia de una habitação com aquecimento, climatização e AQS é calculada à volta dos 70%. Portanto, se tivermos um sistema de autoconsumo, devemos considerar cobrir, se não todo o nosso consumo em termos de aquecimento e/ou AQS, pelo menos uma parte importante do mesmo.
Por esta razão, não podemos perder de vista o elevado rendimento dos equipamentos de aerotermia, um sistema que, devido ao seu excelente coeficiente de rendimento, por cada kW elétrico que utiliza, quer de energia proveniente da instalação fotovoltaica quer da rede elétrica, é capaz de convertê-lo em 4 ou 5 kW de energia térmica. Se, além disso, tivermos em conta que pode fornecer tanto aquecimento como arrefecimento utilizando aquecimento por piso radiante ou ventiloconvetores e produzir AQS através de um depósito, torna a decisão de investir nestas energias renováveis uma opção altamente desejável para muitos utilizadores.
A aerotermia e os painéis solares são a aliança perfeita para reduzir o nosso consumo de energia elétrica e para o nosso compromisso com a sustentabilidade. Estamos a falar da coexistência de duas energias renováveis na mesma habitação, gerando eletricidade com os painéis graças à energia solar e aproveitando eficientemente essa energia com um sistema de aerotermia. Uma simbiose de energias renováveis que é mais do que eficiente.
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